segunda-feira, 17 de março de 2014

"A Despedida"

“A Despedida”

As vezes eu me sinto como um homem de lata
Sem um coração no peito mais com medo que partam
A despedida não em algo fácil para encarar
Quando alguém se vai nos resta esperar

Todos estão indo embora
Quem sabe um dia chegue a minha hora
Mas um dia iram retornar
E tudo será festa, vamos comemorar

A despedida é um caso raro
E para nos não existe preparo
Não importa pra onde vão
A cada “tchau” levam meu coração

As vezes são amigos, mulheres ou familiares
Podem ser namoradas, ou amigos escolares
Mas eles se vão...

R.S.Boning

quinta-feira, 13 de março de 2014

O Mundo do Gigante de Olhos Azuis: O Primeiro Capítulo do Meu Mais Novo Livro...

1. Todos têm um sonho.
Sempre, desde que eu me lembro como gente, a Blackwell Enterprise manda em tudo. A empresa é a maior do nosso planeta, ela comanda a distribuição de energia e água, internet, sinais de celulares, equipamentos eletrônicos e todos os meios de comunicação. São os fabricantes de todos os carros e naves que rodam pelo planeta, além da calçada eterna. Mas acima de tudo, eles são donos do GEC – o Grupo Espacial Cosmonauta.
O GEC nada mais é do que a maior organização do planeta. Eles tentam a todo custo mandar uma nave tripulada para fora do planeta, descobrir os mistérios do Universo, e, talvez, até descobrirem uma nova forma de vida além de nós, mas essas tentativas nunca deram muito certo. As naves sempre estouram quando atravessam a atmosfera. Claro que todas as naves nunca estavam tripuladas, porque já foram muitas tentativas e com isso, os Blackwell já teriam exterminado toda a população do planeta.
Eles trabalham com esse negócio há muitos anos, esse é o ar que a família Blackwell respira desde que Aristo, o fundador de tudo, criou algo chamado ‘energia’. Na verdade ele não a criou, ele simplesmente conseguiu, como poderei dizer? Manipulá-la e produzi-la em série à partir de algo que ele batizou de ‘motor’.
Acho que cada um tem um sonho, e o sonho de Aristo era mudar o nosso mundo.
Eu não sei definir energia, não sei o que é um raio ou como eles se formam, mas sou esperto suficiente para não ficar embaixo de uma árvore durante uma tempestade com raios que riscam o céu com sua fúria. Talvez, mais esperto do que entender um raio, seja respeitar a sua grandeza e força diante de nós. Mas Aristo, com o seu absurdo conhecimento e controle dessa indefinível e inexplicável criação, conseguiu isso, mudou o nosso mundo. Em 20 anos passamos de: “A luz de velas” para: “Os energizados”. Eu não passei por esse período de transição e evolução da tecnologia, quando nasci já existia tudo disponível. Mas meus pais me contam o que meus avôs contaram para eles e o que em parte viveram na infância também.
Não demorou muito para que tudo o que temos hoje passasse a existir. Começou com a lanterna, a capacidade de levar a luz para todos os lugares, depois o rádio e a aptidão de se comunicar à distância. Então as casas foram todas ‘energizadas’, ganhamos luz, iluminação nas ruas. Surgiram carros, em mais alguns anos, vieram as naves, TVs e água encanada. Os Blackwell mandaram satélites para fora da órbita do Planeta e tudo deslanchou. Nos tornamos uma nova espécie de seres humanos, mais desenvolvidos, mais inteligentes. Só os melhores conseguem entrar na Blackwell Enterprise e trabalhar na área administrativa e de criação. Eles sempre criam um novo desafio  interno e tentam resolvê-lo.
Foi então que a maior dúvida surgiu: “De onde viemos?” Todos queriam a resposta, e os Blackwell prometeram respondê-la. Aristo sabia que a resposta para todas as perguntas está por ai, do lado de fora, esperando para ser encontrada. Então ele disse que precisávamos saber se estávamos sozinhos, se não existiam outros mundos além do nosso. Foi então que a primeira nave espacial surgiu, com o propósito de levar o homem para fora do planeta e encontrar tais respostas. Mas como disse, as naves estouravam quando passavam pela atmosfera. “A massa delas é muito maior do que a massa de um satélite, por isso estouram”. Essa era a explicação de Aristo. Mas essas explosões só aconteceram até a semana passada, quando finalmente uma nave rompeu essa barreira invisível e azul chamada céu.
Aristo já está morto há 150 anos e não pôde ver o progresso que seu bisneto, Richard Blackwell fez. O único herdeiro do maior império do mundo realizou o sonho do homem mais genial que esse planeta teve a honra de conceber. 170 anos após a dúvida “De onde viemos?” ser lançada, parece que é a primeira vez que ficamos mais próximos da resposta. Eu até me corrigiria e ao invés da palavra ‘resposta’ usaria a palavra ‘verdade’.
Acho que os sonhos movem o mundo, e eu desejo que o meu sonho possa fazer a diferença.

Terminei de ler o meu texto proposto para a aula do dia, com o tema sendo a noticia dada ontem, em todos os jornais: que os Blackwell tinham conseguido levar uma nave para fora do planeta, sem fazê-la ficar em pedacinhos e em chamas. A nave não estava tripulada, é claro, mas pretendiam fazer isso em breve e as inscrições para os possíveis tripulantes/voluntários estavam abertas.
Esse não era apenas o tema da minha redação, ninguém falava de outra coisa no mundo todo. Quando acabei de ler o meu texto, meu professor me olhou com uma expressão confusa, um misto de espanto e orgulho. Mas ao invés de me elogiar ou criticar, ele simplesmente preferiu perguntar:
— E qual é o seu sonho, Calisto? — Ele se referia à última frase do meu texto.
Eu respondi sem nem ao menos precisar digerir a pergunta:
— O meu sonho — Fingi um suspense. — Meu sonho é ser um dos tripulantes dessa nave.

R.S.Boning.

domingo, 9 de março de 2014

Terra do Nunca

Pra quem não sabe, além de escrever livros eu também componho músicas e depois de muito tempo voltei a compor, essa nova música tem muito de mim e fala muito sobre os apaixonados pelas histórias clássicas. A música se intitula "Terra do Nunca"...

“Terra do Nunca”.

Compositor: R.S.Boning


Perseguindo um coelho veloz
‘Tic-tac’ o relógio soou
As sereias me encantam com a voz
Mão de gancho, um pirata eu sou

A maça envenenada comeu
Ao sono eterno condenada está
No unicórnio alado, Romeu
Com um beijo já vem lhe acordar

Pré-refrão:
(Todos sabem que é um conto de fadas
E que no fim tudo fica bem
A meia noite o feitiço acaba
Mostrando a maldade que você também tem).

REFRÃO:
[Imagine-se acordando de um sonho
E o que viveu não passou de loucura
Um menino na terra de homens
Um Peter pan na terra do nunca]

Pós-refrão:
(Ninguém sabe, mas é um conto de fadas
E ao fim nem tudo fica bem
A meia noite a vida começa
Mostrando a maldade que você também tem).

R.S.Boning.